Sessões de Terapia Cognitiva Comportamental com crianças


Sessões de Terapia Cognitiva Comportamental com crianças 


Após as entrevistas iniciais com os pais e sessões de avaliação com a criança e adolescente é realizado a avaliação diagnóstica e a conceitualização inicial do caso.
São esses dois procedimentos que irão conduzir o terapeuta na escolha e planejamento terapêutico, ou seja, quais técnicas cognitivas-comportamentais serão utilizadas no caso.

Técnicas Cognitivos- Comportamentais

Psicoeducação
A psicoeducação das crianças e adolescentes em Terapia Cognitiva Comportamental consiste em explicar ao pequeno paciente o “transtorno” ou seja, o diagnóstico realizado. Nessa sessão incluímos informações concretas como causa, frequência na população e sintomatologia. É importante ressaltar que todas as informações são adaptadas à capacidade e desenvolvimento cognitivo da criança, buscando sempre a forma lúdica como acesso principal.

Exemplos









  
A psicoeducação da criança em geral ocorre após a psicoeducação dos pais ou responsáveis e não é incomum os genitores sentirem medo ou até mesmo solicitar que não informe a criança sobre o diagnóstico. O medo em geral esta relacionado à uso do diagnóstico para ganhos secundários ou “traumas”.
A fase da psicoeducação de pais e da criança em geral ocorre no início do tratamento e é de extrema importância para efetividade e prognóstico positivo do caso.

Exemplos de material para Psicoeducação de Pais







A psicoeducação não se limita a explicar o transtorno, mas vai muito além. A abordagem TCC é em sua essência cooperativa e a psicoeducação auxília no processo de entendimento e integração paciente-terapeuta.

Ainda no processo inicial o plano de tratameto é discutido com o paciente. É explicado ao pequeno paciente sobre como será o tratamento, sua importância, regras, condições e papel de cada um.


AutoMonitoramento Emocional

Muitas vezes o paciente tem dificuldade em nomear e reconhecer adequadamente as emoções. Após a psicoeducação sobre emoções, podemos iniciar o automonitoramento emocional com o objetivo de reconhecer a frequencia de determinadas emoções em nossa vida e sua relação com outros eventos.  Posteriormente podemos aliar esse reconhecimento aos monitoramentos de pensamentos e comportamentos.


Exemplos:












Nomeando as Distorções Cognitivas

É extremamente importante realizar atividades que auxiliam a criança a reconhecer em seus pensamentos as distorções cognitivas como acontece no processo do adulto em TCC.
No adulto porém, com uma simples lista de distorções cognitivas mais comuns é possível trabalhar essa técnica. No processo infato-juvenil é indicado que a adaptação seja visual e lúdica auxiliando a compreensão adequadamente ao processo de desenvolvimento cognitivo do paciente em questão.
O objetivo principal da técnica é auxiliar a criança ou adolescente a perceber erros no seu pensamento, ou seja, interpretações equivocadas da realidade.

Nesse processo aliamos imagens à explicações que favoreçam o entendimento da criança.

Exemplo de Distorção Cognitiva no Adulto e Criança

Distorção TCC Adulto
Distorção TCC Infantil
CATASTROFIZAÇÃO É quando nós potencializamos, aumentamos a gravidade das coisas, transformando uma dificuldade em uma impossibilidade, e uma situação difícil em uma catástrofe.
VISÃO EM LUPA (catastrofização): pensar que o pior de uma situação irá acontecer, será terrível e insuportável.

  







  

AutoMonitoramento do Pensamento

O paciente deve registrar os pensamentos semanalmente com o objetivo de aprender a realizar a conexão dos pensamentos com comportamentos e sentimentos além da percepção dos pensamentos disfuncionais ou distorções cognitivas.


  










Reestruturação Cognitiva

Após o entendimento das distorções cognitivas é possível identificar e realizar avaliações sobre os pensamentos automáticos visando a interrupção da conexão entre pensamentos automáticos, sentimentos perturbadores e comportamentos problemáticos.
No modelo abaixo, podemos fazer o levantamento do pensamento automático e a criança deve avaliar o mesmo, verificando pistas boas e pistas ruins que comprovem que o pensamento é real.
Ao final ele deve fazer a conclusão da investigação: reestruturação cognitiva

















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