Teorias sobre os prejuízos primários no TEA





Algumas teorias tentam explicar os prejuízos do TEA ao longo do tempo.

São elas:

- Teorias Psicanalíticas: O Transtorno do Espectro Autista estaria ligado a qualidade da maternagem  e a criança autista estaria incluída nas psicoses infantis com fixações nas fases iniciais do desenvolvimento. 


- Teorias Cognitivistas (Teoria da Mente, da Coerência Central e da Disfunção Executiva): Entre as teorias cognitivas mais difundidas a Teoria da Mente é a mais conhecida e estudada para explicar as dificuldades das crianças com TEA. Teoria da Mente é a capacidade da criança em atribuir estados mentais a si e aos outros com o objetivo de predizer comportamentos.   Essa habilidade permitiria a criança a considerar o que as pessoas pensam e sentem e isso implicaria diretamente nas habilidades sociais. A Teoria da Coerência Central é a dificuldade encontrada nas pessoas com TEA para naturalmente juntar partes da informação para dar significado ao todo, ou seja, dificuldades para fazer inferências e perceber relações de causa e efeito. Essa teoria, no entanto não explica os deficits sociais e comunicativos. A Teoria da Mente também não explicaria os comportamentos repetitivos e estereotipados. A Teoria da Disfunção Executiva aponta que antes dos déficits explicados pela Teoria da Mente, haveria danos no córtex pré-frontal que supostamente prejudicariam as funções executivas. Assim, haveria a tendência a manutenção de rotina, perseveração, interesses restritos e impulsividade. 


- Teoria Afetiva: Segundo essa teoria, haveria uma dificuldade primária na habilidade da criança TEA se relacionar devido a um impedimento inato de perceber e receber afeto. Segundo a teoria, as trocas afetivas fundamentam a diferenciação entre as pessoas e os objetos. Essa troca permite o reconhecimento da mente do outro.



Teorias Desenvolvimentistas ou Cognitivistas


No princípio o autismo foi definido como um distúrbio do contato afetivo, em seguida passa a ser visto como um distúrbio cognitivo, mais tarde como um distúrbio desenvolvimentista ou seja, uma incapacidade inata de se relacionar com pessoas e responder emocionalmente as interações.

As diferentes formas de olhar para os prejuízos do autismo tem uma consequência direta: a forma como a intervenção será realizada. 

Roberta Alexandre Penitente CRP 06/73227
Diretora do Instituto de Psicologia Vila Guilherme
Psicóloga especialista em Psicologia Clínica
Especialista em Psicopedagoga
Pós-graduação em Terapia Cognitivo – Comportamental de crianças e adolescentes
Pós-Graduação em Educação - Ensino Estruturado de Autistas
Pós-graduanda em Intervenções Precoces no Autismo
Pós-Graduanda em Intervenção ABA no Autismo e Deficiência Intelectual

contato@institutodepsicovg.com.br
www.institutodepsicovg.com.br





Fonte: Renata de Lima Velloso. Avaliação de Linguagem e Teoria da Mente no TEA com aplicação do teste Strange Stories trad e adap para a língua portuguesa. 2011

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