O que fazer em casos de suspeita de TEA? Quais profissionais procurar?
Quem tem
filhos deve ficar atento não só a saúde física, mas também observar a evolução
do desenvolvimento das crianças. Encontrar problemas precocemente, pode ser
decisivo para o futuro da criança. Os problemas afetivos e escolares são muito
conhecidos e bem reconhecidos pelos pais e profissionais, mas com o
desenvolvimento e dificuldades sociais não é bem assim.
Será que
estamos atentos? O que devemos observar? Quem devemos procurar em caso de
suspeita de TEA?
O
Transtorno do Espectro Autista não pode ser detectado em exames laboratoriais e
só pode ser diagnosticado por meio da observação clínica, ou seja, é preciso
uma avaliação detalhada e especializada.
O que devemos observar?
Os sinais
de alerta para buscar avaliação, variam de acordo com a idade da criança, mas
de forma geral podemos listar os seguintes sinais: alterações nas interações
sociais (não busca interação social ou não consegue corresponder
adequadamente), alterações na comunicação social (dificuldades na comunicação
verbal, não verbal e/ou contato visual usadas nas interações), baixo interesse
social, comportamento restritos ou repetitivos (dificuldade com mudanças, inflexibilidade
de comportamentos, estereotipias (movimentos repetitivos sem objetivo ou
finalidade. Ex.: movimento de mãos- flapping de mãos etc), alterações
sensoriais (padrão alimentar restritivo, pouca sensibilidade a dor ou muita sensibilidade
não permitindo abraços, pentear o cabelo etc).
Como você
pode ver, há uma série de comportamentos e sinais que precisam ser observados
em diferentes contextos e necessariamente precisam trazer prejuízos a vida da
criança.
Quem devemos procurar em caso de
suspeita?
Os
profissionais habilitados para a realização do diagnóstico são: psicólogos,
fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, médicos psiquiatras e neurologistas.
Mas por
onde começar? Preciso passar com todos eles? O mais importante é que o
profissional seja especializado ou tenha experiência em TEA. O segundo ponto
mais importante é pensar que uma avaliação multidisciplinar, pode ser muito
mais completa e garantir um diagnóstico mais acertado. Sabemos que o TEA tem
alterações da ordem da psicologia, da fonoaudiologia e da terapia ocupacional.
Além disso, é preciso descartar síndromes e outras questões neurológicas que
podem estar associadas.
Assim, nossa
sugestão é buscar apoio de uma equipe especializada, realizar as avaliações e
com os laudos, levar ao médico psiquiatra ou neurologista para conclusão
diagnóstica. O contrário também é válido. Iniciar com os médicos e realizar
avaliação multidisciplinar em seguida.
Roberta Alexandre Penitente CRP 06/73227
Diretora do Instituto de Psicologia
Vila Guilherme
Psicóloga especialista em Psicologia
Clínica e Especialista em Psicopedagoga
Pós-graduação em Terapia Cognitivo –
Comportamental de crianças e adolescentes
contato@institutodepsicovg.com.br
www.institutodepsicovg.com.br
obs.:permitido a reprodução desde que citada a autoria.
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