Como especificar a gravidade em casos de TEA?

Como especificar a gravidade em casos de TEA?


As modificações do DSM - V, apresentam uma nova forma para a indicação de gravidade.

Não trata-se de "leve, moderado ou severo" e sim de NÍVEIS DE APOIO.

Os níveis de gravidade são 3 e avaliam as dimensões de Comunicação Social e Comportamentos Restritos e repetitivos. 

Nível 3 - Exigindo apoio muito substancial

- Comunicação Social: déficits graves nas habilidades de comunicação social verbal e não verbal levando a prejuízos graves no funcionamento. Há grande limitação nas interações sociais que em geral partem dos outros.

- Comportamentos restritos e repetitivos: inflexibilidade de comportamentos, comportamentos restritos ou repetitivos que interferem acentuadamente no funcionamento em todas as áreas, dificuldade em lidar com mudanças, dificuldade para mudar o foco ou ações.

Nível 2 - Exigindo apoio substancial

- Comunicação Social: déficits graves nas habilidades de comunicação social verbal e não verbal. Há prejuízos sociais aparentes mesmo com apoio. Limitação em iniciar interações sociais e resposta reduzida ou inadequada as interações que partem dos outros. 

- Comportamentos restritos e repetitivos: inflexibilidade de comportamentos, comportamentos restritos ou repetitivos frequentes a ponto de ser óbvio ao observador causal, dificuldade em lidar com mudanças, dificuldade para mudar o foco ou ações.


Nível 1 - Exigindo apoio 

- Comunicação Social: Na ausência de apoio os déficits na comunicação social causam prejuízos notáveis, dificuldade em iniciar interações sociais com respostas atípicas ou sem sucesso às aberturas sociais feitas por outros. É comum apresentar interesse social reduzido.  

- Comportamentos restritos e repetitivos: inflexibilidade de comportamento interfere em um ou mais contextos, dificuldade em trocar de atividade, problemas para organização e planejamento são obstáculos para a independência.


Ponto importante é que os níveis mudam após iniciada a intervenção. Também podem modificar caso abandonem as intervenções. Isso tudo causa muita dúvida em familiares e profissionais .... Nossa mas ele é TEA mesmo?  Tem certeza?


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Caso tenha dúvidas, procure a equipe que acompanha seu familiar.



Autora

Roberta Alexandre Penitente CRP 06/73227, Psicóloga especialista em Psicologia Clínica, especialista em Psicopedagogia , Pós-graduada em Educação com ênfase em Ensino Estruturado de autistas, Pós-graduanda em Terapia Cognitiva Comportamental de Crianças e adolescentes


Referências: APA DSM -5 / Intervenção Precoce no Autismo


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